Centenas de pessoas concentraram-se esta quarta-feira no Rossio, em Lisboa, para reivindicar igualdade entre homens e mulheres.
A concentração, organizada pela Rede 8 de Março, associa-se ao movimento internacional ‘Paralisação Internacional de Mulheres’, que surge depois de, no ano passado, na Polónia, se ter proposto a criminalização do aborto, o que motivou uma greve de mulheres.
O protesto reivindicava uma voz (ou várias e em sororidade) que repetisse, como há séculos se faz, que trabalho doméstico é uma responsabilidade acrescida e invisível da mulher, que a crise implementou o aumento das diferenças salariais e que esta situação coloca o género feminino em situações de fragilidade social e económica. Mas referências à violência contra as mulheres foram também um marco do protesto, desde a violência doméstica, aos ataques institucionais, políticos, culturais, econômicos e religiosos contra mulheres trabalhadoras, contra mulheres migrantes, contra as mulheres negras, contra as mulheres lésbicas, contra as mulheres transgênero e todas as outras ditas minoritárias.
Uma nota importante foi a junção de várias associações em torno destas reivindicações, numa luta que se quer formar em torno da sororidade, porque juntas somos mais fortes e podemos criar um movimento feminista mais expansivo e inclusivo.
Com o objectivo de contrariar uma cultura patriarcal e machista instalada que renega o papel da mulher na luta política e o seu papel social de mudança, dia 08 de Março, em portugal, não nos calamos!
E dia 11 de Março sairemos à rua, novamente no Rossio, pelas 17h30, sob o mote “Constroem muros, aprendemos a voar”, para celebrar as vitórias e para lutar pela igualdade de género, exigir a mudança, os mesmos direitos e as mesmas oportunidades.
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