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23 de janeiro de 2020

“Aprendi a me masturbar e agora é só festa no meu quarto”

"A impressão que sinto é que sempre tem algo melhor para ser vivido e descoberto", conta a mina que senta no Divã d'AzMina

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“Era dezembro de 2019, eu estava viajando para uma experiência de trabalho, fiquei hospedada em um quarto de bairro nobre em Salvador, na Bahia, com vista para o mar, com cama de casal e um espelho lindo e grande, que eu usava para me ver pelada e me sentir gostosa todas as manhãs, durante 10 dias.

Foi minha primeira experiência de viagem sozinha, e eu me sentia cada vez mais preenchida e madura. A caminho de Salvador conheci uma garota no Tinder, sou ariana e ela leonina, então já viu, né mores?!

Depois do match a gente não se desgrudou. Mensagens, áudios, fotos e memes, muitos memes. Ela me acompanhou durante todo o processo. Sempre que chegava em casa tarde, depois de um dia cansativo de trabalho e daquele banho maravilhoso que a gente lava o cabelo e a alma, eu falava por telefone com a leonina, em um dos dias por chamada de vídeo.

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Ela era mais nova e já se tocava… foi então que no calor da conversa a gente transou por telefone e eu senti que ali foi o exato momento que eu havia aprendido sobre masturbação e agora sabia exatamente o que eu precisaria fazer para chegar lá. Aprendi a me masturbar aos 27 anos. E desde então tem sido só festa no meu quarto.

Uma vez li em algum lugar que nós não voltamos os mesmos depois de uma viagem, e eu voltei diferente. Um novo ano estava prestes a começar e após ter conseguido gozar com masturbação, naquele quarto, longe de casa, eu me sentia mais minha, mais bonita, mais livre e contente. Não poderia ter sido em um momento melhor e mais perfeito do que esse.

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O universo caprichou. Não só pelo fato de ter descoberto a masturbação aos 27 anos, mas pelas pessoas que lá conheci, por tudo que vivi e experimentei. Eu já comentei com amigas que não me masturbava, mas era algo que eu gostaria de alcançar. Depois de ter conseguido, senti que minha independência daria um salto.

A impressão que sinto é que sempre tem algo melhor para ser vivido e descoberto. Como diz a canção dos Engenheiros do Hawaii: ‘Se eu soubesse antes o que sei agora, erraria tudo exatamente igual’.”

O Divã de hoje é anônimo.


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