Na última sexta-feira, 18 de março, publicamos em nossas redes sociais um vídeo em que apresentamos “O que Anitta e Angela Davis têm em comum”, com intuito de divulgar nossa reportagem sobre as referências feministas de jovens da geração Z. Mas depois de lermos e ouvirmos comentários e posts nas redes sociais, por parte de nossa comunidade e também de ativistas do movimento de mulheres negras, entendemos que erramos no tom e na proposta do vídeo.
Para a reportagem, ouvimos mais 280 jovens de 12 a 20 anos sobre suas referências em relação ao feminismo e Anitta e Angela foram os dois nomes mais citados. Sabendo quem são cada uma delas, achamos um resultado curioso e usamos essa informação na divulgação.
Sabemos e reconhecemos que Angela Davis e Anitta são mulheres de realidades, contextos e ações completamente diferentes. E entendemos que o vídeo coloca em comparação algo que é incomparável. Sem desmerecer ou deslegitimar a ação ou trabalho de nenhuma das duas mulheres, entendemos pelos apontamentos feitos por vocês, que o vídeo desrespeitou a história do movimento de mulheres negras.
Pedimos desculpas a todas que ofendemos. E reforçamos que nossa intenção nunca foi desvalorizar nenhuma trajetória, nem movimento. O vídeo não vai ser tirado do ar porque essa é uma política de jornalismo da Revista AzMina. Aquilo que foi uma vez publicado não pode ser apagado, como registro do nosso trabalho e também dos nossos erros. Mas vamos editar a legenda do conteúdo para incluir essa retratação.
Toda a repercussão do vídeo gerou diversos debates e reflexões internas na equipe da Revista AzMina e vamos usar esses aprendizados daqui para frente para evitar que situações assim se repitam.