Nas manifestações contra a atuação do governo Bolsonaro na gestão da pandemia, pouco se falou dos grupos vulneráveis durante o período crítico. Afinal, nos piores momentos, quem mais sentiu os efeitos – não só de saúde – da Covid-19 foram grupos marginalizados, como mulheres, população negra e periférica. “Quando começou a se falar de Covid, a gente já tinha um problema recorrente da questão de atendimento de saúde. Com a pandemia, a gente sabia que a gente não existiria nessa lista”, conta Renata Alves, produtora cultural e ativista de Paraisópolis.
Os efeitos da Covid-19 no Brasil eram inimagináveis no começo da pandemia. Até dezembro de 2022, eram mais de 35 milhões de casos no país. Quase 700 mil pessoas morreram, sendo grande parte por negligência e incompetência governamental. Órgãos de saúde nacionais e internacionais consideraram a gestão sanitária do governo brasileiro criminosa, e há até processos em tribunais internacionais.
Jair Bolsonaro e sua base de apoio foram investigados em 2021 pela CPI da Pandemia. A comissão surgiu para investigar a omissão do Governo Federal na gestão da pandemia, observou irregularidades na negociação de vacinas, promoção de aglomerações, defesa de medicamentos ineficazes e ataques às vacinas.
No terceiro episódio da série Por Elas Por Nós, AzMina ouviu mulheres que acompanharam o impacto da pandemia para a população periférica. Elas atuaram na linha de frente de assistência às populações vulnerabilizadas e contra o coronavírus.
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A websérie documental Por Elas, Por Nós traz como protagonistas mulheres que transformam o mundo, alterando o cenário de desigualdade de gênero no Brasil. São cinco episódios que tratam da ciência à arte, mostrando iniciativas de impacto tocadas por mulheres. O projeto foi produzido via PROMAC, da Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Paulo, com patrocínio da B3 e Falconi.