25 de fevereiro de 2022 (Atualizado em 21 de julho de 2023)
Nessa semana as colombianas puderam celebrar a conquista da descriminalização do aborto até a 24ª semana de gestação. Mas você sabe como esse direito foi alcançado? E o porquê do limite para interrupção da gravidez ter sido fixado até a 24ª semana? A antropóloga e ativista pelos direitos reprodutivos Débora Diniz explica tudo isso em um vídeo para AzMina, e ainda conta como isso impacta na luta das brasileiras por esse direito de escolha.
A descriminalização do aborto no país vizinho foi um pedido que chegou para decisão da Corte Constitucional de Justiça pelo movimento de coalizão chamado Causa Justa, composto por mais de 100 organizações e uma centena de ativistas, feministas. E, como o nome diz, elas defendem que é justo proteger as necessidades de saúde das mulheres, das meninas, das pessoas gestantes. Assim como no Brasil, o Código Penal colombiano também criminalizava, até então, um direito fundamental de mulheres, de vida e de saúde.
Mas não foi fácil chegar até isso: foram 15 anos de percurso em um dos países com a legislação mais restritiva no mundo, que proibia a interrupção da gravidez em qualquer circunstância até 2006.
Feminismo e direitos humanos sem intermediários
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Até 24 semanas sim!
No vídeo, Débora fala sobre essa decisão histórica da Colômbia e, sobretudo, o fato de ter deixado de ser crime o aborto até a 24ª semana de gestação. Isso gerou questionamento e dúvida nas redes sociais. A ação que está na Suprema Corte brasileira há 5 anos pede a descriminalização até 12 semanas.
Repórter investigativa, focada em direitos humanos, questões de gênero, socioambientais e saúde. Diretora da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji 2024-2025). Trabalhou por 8 anos em mídia impressa e rádio de Belo Horizonte, e, entre 2018 e 2021, produziu e sugeriu reportagens como freelancer, com publicações e prêmios em âmbito nacional e internacional, como o Global Health Reporting Contest 2018 (ICFJ) por uma reportagem sobre aborto. Colaborou para a Folha de São Paulo, em pautas de cotidiano e política, e fez matérias para a Agência Pública, Repórter Brasil, Projeto Colabora, The Intercept Brasil, Revista Piauí, Época, El País, Marco Zero Conteúdo, The Independent, entre outros veículos de mídia.
Em 2022, participou da conferência de alto nível sobre Segurança de Jornalistas em Viena, organizada pela ONU, Unesco e Ministério Federal da Áustria. Foi selecionada em dois editais de jornalismo em 2021: o Feminist Journalist Project da AWID (Association for Women’s Rights in Development), programa que reúne 15 jornalistas feministas ao redor do mundo. E o Emerging Media Leaders Fellow International Center For Journalists (ICFJ), programa de empreendedorismo e inovação para jornalistas da América Latina.
Trabalha pela diversidade regional no jornalismo. Com amigas nordestinas, fundou o projeto Cajueira em 2020, que valoriza o conteúdo produzido pelo jornalismo independente dos nove estados do Nordeste. É idealizadora do Cirandeiras podcast, que escuta e narra sobre mulheres e suas lutas em cada canto do Brasil. Também em 2020, criou a Redação Virtual, comunidade que reúne mais de 300 jornalistas independentes de todas as partes do país.
Belo Horizonte
MG
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