
Nessa semana as colombianas puderam celebrar a conquista da descriminalização do aborto até a 24ª semana de gestação. Mas você sabe como esse direito foi alcançado? E o porquê do limite para interrupção da gravidez ter sido fixado até a 24ª semana? A antropóloga e ativista pelos direitos reprodutivos Débora Diniz explica tudo isso em um vídeo para AzMina, e ainda conta como isso impacta na luta das brasileiras por esse direito de escolha.
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União de organizações, mulheres e ativistas
A descriminalização do aborto no país vizinho foi um pedido que chegou para decisão da Corte Constitucional de Justiça pelo movimento de coalizão chamado Causa Justa, composto por mais de 100 organizações e uma centena de ativistas, feministas. E, como o nome diz, elas defendem que é justo proteger as necessidades de saúde das mulheres, das meninas, das pessoas gestantes. Assim como no Brasil, o Código Penal colombiano também criminalizava, até então, um direito fundamental de mulheres, de vida e de saúde.
Mas não foi fácil chegar até isso: foram 15 anos de percurso em um dos países com a legislação mais restritiva no mundo, que proibia a interrupção da gravidez em qualquer circunstância até 2006.
Até 24 semanas sim!
No vídeo, Débora fala sobre essa decisão histórica da Colômbia e, sobretudo, o fato de ter deixado de ser crime o aborto até a 24ª semana de gestação. Isso gerou questionamento e dúvida nas redes sociais. A ação que está na Suprema Corte brasileira há 5 anos pede a descriminalização até 12 semanas.