O ano de 2016 foi um ano marcado por retrocessos na política mundial. Mas para cada passo dado pra trás, existem mulheres que estão de olho em como se movimentar para que a sociedade não ceda ao machismo!
Na nossa última reportagem do ano, reunimos ALGUNS dos diversos festivais feministas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte que marcaram o ano de 2016 empoderando cada vez mais as mulheres. Por isso, fiquem de olho na agenda desses festivais pra 2017 que só vieram para fortalecer e unir o feminismo.
A todas as organizadoras dos fests o nosso muito obrigada e que em 2017 nossa força só aumente!
AS BADERNEIRAS (SP)
Esse festival emergiu como um grito pela desconstrução do machismo em sintonia com as manifestações humanas: eróticas, políticas e exóticas. Realizado no bar Baderna, produziu dois eventos esse ano: Samba de Dandara e Roda de Conversa sobre Desconstrução do Machismo.
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BREJO DAS FLORES (SP)
É uma casa de lésbicas, feministas, autônomas, que busca construir espaços de troca, coletividade e sororidade. Realiza diversos eventos como Sarau, aulas de yoga e festas como “Forró Risca Sapa” e “Punk das Mina no Brejo”.
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COLETIVO TIAMAT (RJ)
Formado por mulheres com vivência na cena punk/hardcore do Rio de Janeiro, o coletivo TIAMÄT surgiu para criar um espaço feminino dentro do universo punk/hardcore que, embora carregado de um discurso igualitário, nem sempre põe em prática o viés de respeito mútuo.
Realizou três eventos esse ano em que uma das atrações foi a banda portuguesa Pega Monstro.
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DISTÚRBIO FEMININO (SP)
Com o intuito de destacar as mulheres na música e nas artes, começaram como um podcast, atualizações no Facebook, fanzines e agora também realizam festivais.
Com três festivais produzidos esse ano (inclusive um deles realizado no SP na Rua) trouxe bandas de outras cidades para tocar em São Paulo como Bertha Lutz (BH), Framboesas Radioativas (Bragança Paulista) e Trash No Star (RJ).
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EFUSIVA FESTIVAL (RJ)
A Efusiva é um selo independente feminista formado no Rio de Janeiro por 4 amigas: Leticia Lopes (Trash No Star/MOTIM/Estela Disse sim); Sofia Laureano (Belicosa); Hanna Halm (Floppy Flipper); Micha Oliveira (Teenage Micha).
O selo foi criado para credibilizar e estimular o trabalho produzido por mulheres (cis ou trans) e ter suas pautas feministas levadas em consideração.
Iniciaram esse trabalho produzindo eventos, garantindo que as artistas pudessem se apresentar sem a interferência machista de técnicos de som, produtores e equipe técnica ou da casa. E em paralelo, organizam oficinas que possibilitam autonomia na criação e administração do seu próprio trampo: edição de vídeo, montagem de palco, instrumentos, teoria musical, divulgando e distribuindo material das bandas.
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FEMININE HI-FI (SP)
Produzido por quatro mulheres, o projeto Feminine Hi-Fi foca nas mulheres do cenário reggae/sound system. A seleção musical passa por todas as eras da música da Jamaica, com seleção feita 100% em discos de vinil.
As canções são interpretadas pelas singjays de uma forma única, em cima das bases – ou riddins – dos próprios vinis, deslizando pelo lado B dos chamados “tunes”, ou singles.
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HARD GRRRLS (SP)
A Hard Grrrls surgiu em 2000 quando Lúcia Ellen idealizou um zine online que contava com entrevistas mensais e diversas colunas escritas por garotas, entre elas Pryka Almeida, a outra autora desta coluna. O projeto, que era despretensioso, foi ganhando força rapidamente e virou referência no cenário riot grrrl Brasil. Com toda essa visibilidade, deu-se inicio ao Festival Hard Grrrls.
Bandas importantes como Dominatrix, The Haggard (EUA), Pulso (DF), Cosmogonia, Hats, Lava, She Devils (Argentina) já tocaram nos fests da Hard Grrrls. Em 2006, a page Hard Grrrls finalizou suas atividades, mas em 2016, Pryka e Lúcia Ellen, resolveram fazer “Edição Especial 10 anos” e voltaram a produzir o fest duas vezes por semestre.
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HI HAT GIRLS (SP)
Criada em 2012, a Hi Hat Girls Magazine é a primeira e única publicação da América Latina sobre mulheres bateristas. Realiza diversas oficinas de bateria gratuita para meninas em São Paulo e outras cidades. Em alguns eventos, conta com bandas ou bate papo.
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MARIA BONITA FEST (SP)
O Maria Bonita Fest vem fortalecer a cena underground das minas reunindo bandas de punk, hardcore e rock alternativo com cantoras minas, mcs minas, djs minas, tatuadoras e todas as artistas que quiserem trocar experiências.
Realizou três eventos este ano: um com a temática da visibilidade lésbica; um com a banda Mantilla (Dinamarca) e outro sobre solidão e resistência da mulher negra.
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MOTIM 302 (RJ)
É um espaço de cultura e shows no Rio de Janeiro. O objetivo da casa é ser um espaço em que as mulheres se sintam à vontade, seguras e livres de assédio. Idealizado por Amanda Hawk e Leticia Lopes, os eventos ocorrem todos os finais de semana, com uma programação diversificada.
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ONE BEAT (SP)
A festa, que homenageia uma música da banda Sleater Kinney, traz mulheres na pick up com o som riot girl em vinil. Com quatro edições realizadas este ano, em sua última teve, pela primeira vez, um show ao vivo de Bloody Mary Una Chica Band.
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RESISTÊNCIA LUNAR (SP)
Nasceu neste ano com o objetivo de arrecadar fundos para que o Girls Rock Camp Brasil continue realizando suas atividades. As organizadoras do festival acreditam que cuidar da nova geração é cuidar do futuro e garantir que as próximas gerações tenham seus direitos de cidadã plenamente atendidos.
A Resistência Lunar realizou diversas oficinas como: bordado feminista, dança autonomia, lambe lambe, entre outras. Também rolaram rodas de conversa, uma delas sobre empoderamento na prática. Lay e Obinrin, foram alguns dos shows.
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SARRADA NO BREJO (SP)
É uma das ações que a Coletiva Luana Barbosa realiza. A festa é exclusiva para mulheres e foi iniciada mediante a falta de lugares exclusivos e seguros para lésbicas e bissexuais se divertirem e se entrosarem.
São nove mulheres que organizam a festa sem fins lucrativos e todo o dinheiro arrecadado é para viabilizar outras ações e ajudar pessoas com necessidades básicas que as procuram diariamente.
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U.M.M.A. (BH)
União das Minas pela Música e Artes é um festival realizado em Belo Horizonte (MG), criado para impulsionar espaços underground musicais e artísticos das minas da cidade. Realizou o primeiro evento dia 07 de dezembro com as bandas: Miêtta, Bertha Lutz e Dopaminas.
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Manda pra gente conhecer e divulgar nos próximos posts.
hardgrrrls2016@gmail.com
*RIOT GIRLS NEVER DIE*