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24 de agosto de 2022

App PenhaS: Rota para milhares de pontos de atendimento à vítima de violência doméstica

Em parceria com o Mapa do Acolhimento, app PenhaS aumenta em 2,5 vezes número de serviços de atendimento à mulher disponíveis para consulta

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O PenhaS, aplicativo de enfrentamento à violência doméstica do Instituto AzMina, aumentou o número de pontos de apoio da rede pública de atendimento à mulher disponíveis no mapa dentro do app em 160%: de 430 para 1.126 pontos espalhados por todo o país. Isso só foi possível graças à parceria com o Mapa do Acolhimento, da ONG Nossas. 

Os serviços, também chamados de pontos de apoio, são exibidos em um mapa dentro do app para serem consultados a partir da  geolocalização ou pesquisa por CEP da usuária. Com isso, ela pode traçar a sua rota até uma delegacia ou outros serviços de atendimento mais próximos. 

O Mapa do Acolhimento conecta mulheres que sofreram violência de gênero a psicólogas e advogadas dispostas a ajudá-las de forma voluntária. Por meio da mobilização de voluntárias em todo o país, a organização também mapeia os serviços públicos de atendimento à mulher. O mapeamento foi compartilhado com o Instituto AzMina para aumentar os serviços disponíveis no mapa do PenhaS.

Os pontos de apoio do PenhaS já cobriam os 26 estados mais o Distrito Federal. Com a adição de quase 700 novos serviços, a cobertura dos serviços listados pelo app agora abrange 612 municípios. São órgãos públicos de denúncia (Delegacias da Mulher, Defensoria Pública e Ministério Público); de assistência social e acolhimento (Casa da Mulher Brasileira e centros de referência da mulher); e serviços de saúde (unidades básicas de saúde e serviços de atendimento a violência sexual e aborto legal).

Atualmente, o PenhaS tem mais de 11 mil usuárias, espalhadas em mais de 1.600 municípios brasileiros. O mapa de pontos de apoio é uma das ferramentas  do app, que tem como missão prover acolhimento, informação e orientação para mulheres de todo o país. 

Na consulta, o app entrega equipamentos que estejam a uma distância de até 50 km do local de partida escolhido pela usuária. Usuárias que queiram colaborar adicionando novos pontos de apoio no mapa podem fazê-lo, através do campo Sugestão de Ponto de Apoio. Todos os dados são checados e moderados pela equipe do Instituto AzMina. 

tela do mapa de pontos de apoio do aplicativo PenhaS

“Nosso desejo é que essas mulheres tenham à mão, de forma automatizada, a possibilidade de pesquisar quais são os serviços públicos mais próximos das suas casas. Esses equipamentos que podem e devem prestar assistência e acompanhamento especializado. Esse tipo de informação, checada, bem apurada, é capaz de salvar vidas”, afirma Marília Moreira, coordenadora do PenhaS, ao ressaltar que parcerias para prover esse tipo de conteúdo às usuárias do app são muito importantes.

Antes da parceria com o Mapa do Acolhimento, o aplicativo PenhaS indicava para as usuárias os 430 registros existentes no Mapa das Delegacias da Mulher – um levantamento realizado pela Revista AzMina, em 2020, devido ao aumento de casos de violência doméstica durante o isolamento social na pandemia do coronavírus. 

Mais sobre o PenhaS

O aplicativo PenhaS acolhe mulheres em situação de violência doméstica, oferece a possibilidade da construção de uma rede de apoio e ferramentas para pedido de ajuda, sendo uma pequena esperança na quebra do ciclo da violência para muitas delas.

Além de informação, com uma área com reportagens sobre o tema e um mapa onde é possível traçar a rota até uma delegacia ou serviço de atendimento mais próximo; o app oferta acolhimento, por meio de um um feed de interação com outras usuárias do app e um chat privado para conversar com a equipe d’AzMina e com outras voluntárias do aplicativo; e pedido de ajuda, com um botão de pânico para acionar cinco pessoas da rede confiança da usuária, um botão para ligar para a polícia e um gravador para produção de provas. 

* As opiniões aqui expressas são da autora ou do autor e não necessariamente refletem as da Revista AzMina. Nosso objetivo é estimular o debate sobre as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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