A gente precisa de mais mulheres na política e no ano de 2022 não faltam opções para isso: são 9890 candidaturas só delas – um recorde se comparado com outros anos. Em 2018 foram 9.204 e em 2014 8.123, de acordo com os números do Tribunal Superior Eleitoral. Ter mais mulheres concorrendo a uma cadeira é ótimo porque as mudanças estruturais que a gente busca para todas nós passam pelos espaços de poder. E é também por isso que muita gente diz que mulher tem que votar em mulher. Mas com isso, surge uma pergunta importante: de qual mulher a gente tá falando?
Partiram de deputadas e senadoras um terço dos piores ataques aos nossos direitos no Congresso Nacional. Os dados são do Elas no Congresso, o projeto dAzMina para monitorar a atuação dos parlamentares, tanto na Câmara quanto no Senado, em projetos e discussões que abordem os nossos direitos. Daí já dá para saber que votar em mulher segue sendo importante, mas não é o suficiente. A gente precisa lembrar que não estamos apenas procurando aumentar a representação feminina nos espaços de poder, mas escolhendo alguém para lutar por nossos interesses e para nos defender dos retrocessos. Logo, essa decisão precisa ser estratégica e atenta.
Como somos a maior parte do eleitorado, somos também um voto disputadíssimo. Por isso, muitos candidatos têm falado em “mulheres” e em “feminismo” no intuito de se aproximar e conquistar a nossa confiança, mas sem ter, de fato, uma plataforma para o tema e as diferentes demandas e realidades que perpassam cada uma de nós. Por isso, no vídeo dessa semana do AzMina dá a Letra, a gente dá três dicas para você levar em consideração, antes de escolher a sua candidata nas urnas. Aproveite e se inscreva no canal dAzMina no Youtube, tem vídeo novo toda terça e quinta, quando dá!
E não deixe de dar uma olhadinha no Elas no Congresso para ver como o parlamentar que você elegeu da última vez se comportou em relação ao direito das mulheres.