S e você gosta de viajar sozinh@, a Islândia é uma ótima pedida. Pode ir tranquil@: além de ser o país mais igualitário do mundo, a ilha também está no primeiro lugar entre os países considerados mais simpáticos com os turistas e há anos lidera o Global Peace Index, ranking que classifica a segurança de 162 países, de acordo com critérios como o número de crimes violentos, envolvimento em conflitos internacionais e grau de militarização.
Pudera: com uma população de 300 mil habitantes, 75% deles vivendo na capital Reykjavík, fica difícil cometer um crime sem ninguém ficar sabendo! A polícia de Reykjavík é, inclusive, sucesso no Instagram, onde aparece salvando gatinhos de árvores e ajudando crianças a atravessar a rua.
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O maior atrativo do país é sua natureza única e praticamente intocada. Conhecida como “a terra do fogo e do gelo”, devido aos 130 vulcões e geleiras que, sozinhas, cobrem 11% do território nacional, a ilha também tem gêiseres (sabe aquele minivulcões de água quente?), piscinas termais, cachoeiras, praias de areia negra e campos moldados pela lava. A beleza do cenário se deve a uma terra ainda jovem, o pedaço de terra mais jovem do planeta, aliás, formado há cerca de 20 milhões de anos por erupções vulcânicas debaixo do mar. Lá, a crosta terrestre tem apenas um terço da espessura comum.
O custo de vida é um dos mais altos do mundo: só para se ter uma ideia, um pão tipo bengala em um supermercado no centro de Reykjavík custa o equivalente a R$10. Uma refeição em um restaurante simples não sai por menos de R$150 por pessoa. Mas, apesar disso, é possível percorrer a Islândia sem ir à falência. Todos os parques nacionais e outras belezas naturais são de graça. O país está repleto de campings que cobram apenas alguns euros pela estadia e você pode ir de um local a outro de bike, carona ou alugar uma caravan. No último caso, dá até para dispensar o camping em algumas noites: é permitido por lei dormir dentro do carro na Islândia, desde que você não estacione na beira da estrada ou em propriedade privada.
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Por tudo isso, a Islândia tem virado o paraíso dos mochileiros. É o destino turístico que mais cresce na Europa. Em 2014, o país recebeu por volta de 1 milhão de turistas – quatro anos antes, eram apenas 490 mil. Acredita-se que o aumento de popularidade se deva à cantora Björk, ao vulcão Eyjafjallajökull (cujas cinzas causaram um caos aéreo na Europa em 2010 e fizeram com que a Islândia entrasse no noticiário) e aos sites de listas, que, inevitavelmente, colocam paisagens islandesas entre os lugares mais inusitados para conhecermos antes de morrer.
Algumas das atrações mais famosas da Islândia:
Parque nacional de Þingvellir – o local onde as placas tectônicas da América e da Europa se afastam entre 0,5mm e 1 mm por ano. Isso pode ser visto na rachadura entre as rochas do parque.
Geysir – Existem cerca de mil gêiseres no mundo e é aqui que fica o mais famoso deles: Litl-Geysir, que deu nome ao fenômeno. Hoje, devido a mudanças na crosta terrestre, ele não explode mais com regularidade. Mas, ao seu lado, há outro gêiser chamado Strokkur, que impressiona os turistas a cada cinco minutos.
Blue Lagoon – Uma enorme piscina de água geotermal, onde os turistas cobrem o rosto de uma substância mineral chamada sílica (que faz super bem para a pele!). O local também tem uma lojinha de cosméticos, muito procurada por quem tem a doença de pele conhecida como psoríase.
Lago de Jokülsarlon – Um lago glacial repleto de icebergs, que nada mais são do que pedaços de gelo que se desprenderam da geleira de Breiðamerkurjökull. Quatro filmes foram filmados lá: dois da série James Bond, Lara Croft: Tomb Raider e Batman Begins.