Nessa quarta-feira, 7 de setembro , começam os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. Serão 11 dias de competição entre 23 modalidades especiais e mais uma oportunidade pras mulheres do nosso país mostrarem seu brilho para o mundo em 225 provas femininas. Entre as grandes apostas estão 5 atletas incríveis e motivadoras, que valem a sua atenção:

Uma delas é a paraense Lia Maria Soares Martins, da seleção brasileira de basquete em cadeira de rodas. Ela perdeu metade da sua perna direita aos 25 anos, por consequências de um atropelamento. Hoje, com 29 anos, foi bronze no Parapan em Toronto, ouro e cestinha do Campeonato Brasileiro em Recife e também ganhou como a melhor atleta do basquete em cadeira no Prêmio Paralímpico, um dos prêmios mais importantes para a categoria. Tudo isso apenas no ano de 2015.
Eleita a melhor atleta paralímpica do Brasil em 2015, Silvânia Costa, deficiente visual, brilha no salto em distância. Ela é natural do interior do Mato Grosso do Sul e tem três irmãos também deficientes visuais. Silvânia é dona da marca de 5 metros e 46 centímetros do ultimo mundial de atletismo paralímpico, resultado com o qual consagrou o outro da competição e o recorde mundial.
Outra que conta com a sua torcida é Josiane Lima, escolhida como melhor remadora, também no Prêmio Paralímpico de 2015. Ela tem 41 anos, é de Santa Catarina e foi prata na copa do mundo de Double Skiff 2xTA do ano passado, além de ser tetra campeã Mundial de Remo Indoor. Filha de pescador, Josiane perdeu a mobilidade da perna esquerda depois de sofrer um grave acidente de moto.
A carioca Victoria Amorim é atleta da seleção feminina de GoalBall, esporte praticado com deficientes visuais que tem como objetivo acertar o gol adversário com a bola, arremessada com as mãos. Ela tem apenas 18 anos e ficou cega aos 11, por uma atrofia no nervo óptico. Victoria colecionou ouros em 2015: nos Jogos Parapan-Americanos, com a seleção e nos campeonatos brasileiro e regional, nos quais também foi artilheira da competição.
Terezinha Guilhermina é a velocista cega mais rápida do mundo, dona do recorde mundial dos 100 metros rasos. Ela nasceu com retinose pigmentar e, então, foi gradualmente perdendo a visão durante a vida, assim como 5 dos seus 12 irmãos. A mineira de 37 anos conquistou dois ouros em Londres, nos 200 metros e nos 100 metros e um em Pequim, nos 200 metros.
Lembrando que o Brasil tem ótimas colocações nos quadros gerais dos Jogos Paralímpicos passados, essas atletas e todos os outros precisam do seu apoio e da sua torcida.