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Nana Queiroz
9 de novembro de 2015

Um editorial para celebrar!!!!

Nesta edição teremos até campanha pra botar #homemnapia, no fraldário, na porta da escola, no tanque....

Nós fazemos parte do Trust Project

Este mês lançamos o desafio #homemnapia que, entre outras coisas, pretende fazer com que os homens participem mais dos cuidados dos filhos, como defendem a Samara Pires e o Leandro Asai aí na foto!
Este mês lançamos o desafio #homemnapia que, entre outras coisas, pretende fazer com que os homens participem mais dos cuidados dos filhos, como defendem a Samara Pires e o Leandro Asai aí na foto!

 

M eus olhos estão marejados enquanto escrevo este editorial. Acabo de ver os resultados da pesquisa de satisfação que soltamos pra vocês e 95% disseram que a revista atendeu ou superou suas expectativas. Nossa página no Facebook, nesses dois primeiros meses de existência, chegou a bater 2.2 milhões de views em uma semana! A audiência do site se equiparou à de portais que mega nos inspiram, como o Lugar de Mulher, chegando aos 150 mil pageviews ao mês.

Claro, tomamos também broncas de vocês e ficamos felizes que tenham nos mantido na linha, como pedimos ao criar esta revista. Temos consciência de que vocês são nossa maior força e já escutamos. Como pediram, trouxemos mais mulheres negras para o projeto: Jarid Arraes agora é integrante de nosso Conselho Editorial, Jaqueline de Jesus, feminista negra trans, já até publicou coluna na semana passada e, nesta edição, teremos ainda Djamila Ribeiro e Stephanie Ribeiro assinando textos.

Vamos confessar que a grana está curta e tivemos que apertar os cintos pra os próximos dois meses. Tudo que lerá neste período foi quase inteiramente doado pelas profissionais envolvidas, em forma de trabalho voluntário. Mas nem por isso a edição está menos especial. Pra começar, nossa matéria de capa vem acoplada com uma campanha que queremos fazer bombar nas redes sociais, a #homemnapia. A ONU acaba de definir que a não divisão de tarefas domésticas é um dos maiores entraves à equidade de gênero no mundo hoje. Esmagadas pela dupla jornada e o cuidado dos filhos, as mulheres não encontram tempo hábil, ou espaço mental, para entrar na política ou assumir cargos de liderança. Pior: muitas de nós largamos o trabalho e ficamos reféns de relações violentas.

Em resposta à ação da ONU, nós lançamos o desafio #homemnapia, sugerindo que todo mundo transforme as relações de trabalho dentro de casa, com diplomacia ou greve, o que melhor funcionar para cada uma. A ideia é fazer com que, por uma semana, na sua casa, só os homens façam tarefas domésticas. Temos certeza que, depois de sentir o peso que é, eles vão pensar duas vezes antes de fazer com que vocês encarem a dupla jornada sozinhas.

Nesta edição também vamos falar de medicina da placenta e das mulheres que encararam comê-la em nome da boa saúde. Discutiremos pós-pornô, pornô feminista e erotismo e vamos ensinar como escolher os brinquedinhos sexuais que não fazem mal à saúde. Em Butina, falaremos da campanha do Ministério da Saúde focada no bem estar das lésbicas. O Divã d’AzMina continua aberto para acolher os desabafos e reflexões da mulherada e as colunistas preparam um turbilhão de debates, com Luisa Marilac falando até de como foi obrigada a se prostituir contra a vontade por falta de espaço no mercado de trabalho para travestis. E muito mais…

Enfim, fizemos tudo com um amor infinito, esperando manter a satisfação de vocês nas alturas, como nesta primeira pesquisa. Para quem quiser (e puder) dar uma força na situação financeira da revista, convidamos a fazer uma assinatura voluntária de quanto escolher na plataforma Recorrente, um serviço super confiável que já testamos muitas vezes. Somente com a doação generosa de alguns de vocês poderemos continuar fazendo uma revista independente e de qualidade também para as mulheres que não podem pagar por ela.

Em nossa opinião, o maior  mérito desta revista foi criar um ambiente construtivo de debate, sim, mas de respeito e amor entre mulheres, algo tão raro de se ver no mundo – e principalmente na internet – hoje. Obrigada infinitas vezes por fazerem isso acontecer!

Nana Queiroz
Diretora de Redação
* As opiniões aqui expressas são da autora ou do autor e não necessariamente refletem as da Revista AzMina. Nosso objetivo é estimular o debate sobre as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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