
A depressão afeta mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo e durante a pandemia, os casos aumentaram em 25%, sendo mulheres e jovens os mais afetados pela doença. O transtorno que afeta a capacidade de dormir, trabalhar e de aproveitar a vida é causado por uma série de fatores genéticos, biológicos, sociais e ambientais. O que muita gente não sabe é que 30% dos casos não respondem ao tratamento com remédios. E foi para essas pessoas que um estudo com o uso de Ayahuasca foi desenvolvido pela engenheira Fernanda Palhano, do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
A Ayahuasca é uma bebida feita com base em duas ervas amazônicas com efeitos psicodélicos e é usada principalmente em rituais religiosos em todo o Brasil. Fernanda liderou a pesquisa que testou o uso da bebida para pessoas que convivem com a depressão e não respondem aos medicamentos tradicionais.
No terceiro episódio da série Elas.Lab, Fernanda explica a química da depressão e conta como a bebida age no cérebro, detalhando os processos e resultados da pesquisa.
“Os pacientes apresentaram uma melhora já quarenta minutos após a ingestão da Ayahuasca. E permaneceu por 21 dias. Foram levantadas aí as primeiras evidências científicas do potencial terapêutico da Ayahuasca”, conta a engenheira.
A série Elas.Lab entrevista três cientistas brasileiras com trabalhos inovadores na área da saúde e apresenta suas pesquisas e trajetórias. Se inscreva no canal d’AzMina para ver os outros episódios! O projeto, produzido via lei de incentivo, com patrocínio do Grupo Fleury, procura visibilizar a atuação dessas mulheres e incentivar meninas a buscarem carreira na ciência.
AzMina estimula professores a fazerem exibições da série para seus alunos e preparou um guia para conduzir discussão sobre os episódios em sala de aula.