logo AzMina

Evento debate as formas de violência contra diferentes mulheres

Em 2 de setembro, Ministério Público convida mulheres negras, trans e imigrantes para falarem sobre a violência

Nós fazemos parte do Trust Project

A violência sexual contra meninas e mulheres constitui uma das formas mais graves de violação aos direitos humanos e é responsável por devastar a vida de uma vítima a cada 11 minutos no Brasil. Com o objetivo de analisar os meios capazes de erradicar a violência contra as mulheres no país, a Escola Superior do Ministério Público de São Paulo realizará, no dia 02/09, o seminário “Universalidade e Espaços de Violência Contra a Mulher”.  O evento tem início às 9h30, e acontecerá no Auditório da Associação Paulista do Ministério Público. A entrada é gratuita e as inscrições podem ser feitas por aqui.

O Brasil é o 5º no mundo que mais mata mulheres, é também o local onde mais de 520 mil mulheres são estupradas anualmente e somente 10% delas têm coragem de denunciar.

Elas são muitas, mas quais as especificidades da violência contra a mulher negra, a lésbica, a trans, a imigrante, a gestante e a mulher traficada? É por meio do olhar de cada uma delas que o problema será abordado. Dentre as participantes, está Djamila Ribeiro, filósofa, e secretária-adjunta da Secretária Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, que apresentará a ótica da mulher negra; e Marina Zanatta Ganzarolli, fundadora da Rede Feminista de Juristas (DeFEMde), que tratará sobre a questão das LBTs.

Além das diferentes mulheres, a violência se dá de formas diversas nos vários espaços da sociedade. Diante desta realidade, o seminário tratará, também, dos espaços de violência contra mulher: o ambiente universitário; o sistema de justiça; a política; o espaço público e o ambiente virtual. Algumas das convidadas são Tereza Cristina Maldonado Katurchi Exner, vice-Corregedora-Geral do MPSP, que falará sobre o sistema de justiça; e Beatriz Accioly Lins de Almeida, antropóloga e professora da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP), colaboradora da Agência Patrícia Galvão, que abordará sobre o ambiente virtual.

Para a Promotora de Justiça Silvia Chakian, especialista na temática do enfrentamento da violência contra a mulher e coordenadora do seminário, “é preciso olhar para os números de vítimas e enxergar o rosto dessas mulheres, entender que a violência de gênero precisa ser enfrentada de diferentes maneiras. O Ministério Público, como agente transformador da sociedade, tem a obrigação de entender essas mulheres”.

Confira a programação completa:

 08h30 – Recepção e Credenciamento

09h – Abertura

SILVIA CHAKIAN DE TOLEDO SANTOS, promotora de justiça assessora do CEAF/ESMP

Período da Manhã

09h15 – 12h00: 1ª mesa: UNIVERSALIDADE DA MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA

– mulher negra: DJAMILA RIBEIRO, filósofa, secretária-adjunta da Secretária Municipal de Direitos Humanos e Cidadania

– mulher LBT: MARINA ZANATTA GANZAROLLI, fundadora DeFEMde, mestre em Direito pela USP

– mulher imigrante: CARMEN ROSA HILARI POMA, jornalista e colaboradora CAMI (Centro de Apoio ao Imigrante)

– mulher gestante: ANA LÚCIA DIAS DA SILVA KEUNECKE, advogada e coordenadora ONG ARTEMIS

– mulher traficada: ELIANA FALEIROS VENDRAMINI CARNEIRO, promotora de justiça MPSP, coordenadora do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID), mestre em Direito Penal pela PUC/SP

12h00 – 12h30: perguntas do público

12h30 – 14h00: Almoço

Período da Tarde

14h00 – 16h30: 2ª mesa: ESPAÇOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

– no ambiente universitário: HELOÍSA BUARQUE DE ALMEIDA, antropóloga e professora da FFLECH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP), REDE NÃO CALA USP

– no sistema de justiça: TEREZA CRISTINA MALDONADO KATURCHI EXNER, vice-Corregedora-Geral do MPSP

– na política: LUCIANA OLIVEIRA RAMOS, professora e pesquisadora da FGV Direito SP

– no espaço público: JULIANA DE FARIA, jornalista, fundadora do THINK OLGA

– no ambiente virtual: BEATRIZ ACCIOLY LINS DE ALMEIDA, antropóloga e professora da FFLECH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP), colaboradora Agência Patrícia Galvão

16h30 – 17h00: Perguntas do público e Encerramento

Faça parte dessa luta agora

Tudo que AzMina faz é gratuito e acessível para mulheres e meninas que precisam do jornalismo que luta pelos nossos direitos. Se você leu ou assistiu essa reportagem hoje, é porque nossa equipe trabalhou por semanas para produzir um conteúdo que você não vai encontrar em nenhum outro veículo, como a gente faz. Para continuar, AzMina precisa da sua doação.   

APOIE HOJE