A cada ano, cresce o movimento de jovens negras de várias partes do Brasil que fazem do microfone uma ferramenta para exaltar suas liberdades, sem perder de vista a importância de cantar sobre suas lutas. Elas fazem questão de reafirmar que estão no corre, e que chegaram para ficar. AzMina analisou as 10 músicas mais ouvidas de oito artistas/dupla que estão revolucionando a cena do rap no Brasil até outubro de 2023, e mapeou os temas e termos mais recorrentes nas suas letras. Vem ver quem elas são?
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Ebony
Milena Pinto, conhecida como Ebony, nasceu em Queimados, baixada Fluminense do Rio de Janeiro, e se lançou na carreira musical em 2018 através de produções autorais, feitas no próprio celular. Recentemente, a artista ganhou destaque com a diss “Espero que entendam”, uma crítica ao machismo da indústria do rap.
Tasha e Tracie
Filhas de mãe brasileira e pai nigeriano, as gêmeas Tasha e Tracie Okereke estão construindo uma das mais autênticas trajetórias da atual cena do rap. Unindo música, moda e ativismo, elas falam sobre a realidade da periferia, exaltam as culturas negras, e exploram a liberdade sexual das mulheres.
MC Luanna
Criada no número 44, na periferia da Raposo Tavares, Zona Oeste de São Paulo, MC Luanna se destaca pelos versos marcados pela confiança e autoestima, que enaltecem a sagacidade das mulheres pretas e periféricas, um reflexo da sua própria trajetória.
Monna Brutal
Criada na Zona Norte de São Paulo, no bairro de Jova Rural, a artista se envolveu com a arte musical e com a dança desde a infância. A vivência trans preta de Monna Brutal, que começou seu letramento racial e a transição de gênero enquanto já se entendia MC, se destaca na atual cena do hip hop.
Cristal
A porto-alegrense Cristal Rocha descobriu muito cedo as competições de poesia falada dos slams, que se tornaram uma ponte para chegar até a música. Cantando sobre a realidade da negritude no sul do país, se tornou um dos destaques da nova geração do rap nacional.
Slipmami
Filha de pais maranhenses, Yasmin Pinto da Silva, a Slipmami, nasceu na comunidade Vila Urussaí, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense do Rio de Janeiro. Ela diz que, desde sempre, seu passatempo preferido foi a música.
N.I.N.A
Anna Ferreira adotou o nome artístico N.I.N.A e iniciou sua carreira artística em 2017 como pesquisadora musical e DJ, mas foi em 2019 que se encontrou artisticamente como MC, conquistando seu próprio público, especialmente na cena carioca com seus versos cheios de rima e potência.
Duquesa
Nascida e criada em Feira de Santana, interior da Bahia, Jeysa Ribeiro, conhecida artisticamente como Duquesa, iniciou sua carreira em 2015. Desde então, a jovem cantora apresenta um trabalho autoral de consistência que a situou como uma das promessas da atual cena brasileira.