Talma Bauer, o assessor do deputado Marcos Feliciano que foi detido para questionamento na sexta-feira, disse à Revista AzMina que será aberto um inquérito contra Patrícia Lélis por apresentar falsa denúncia contra ele. A jovem o havia acusado de ameaçá-la para gravar vídeos negando que Feliciano havia tentado estuprá-la.
“O próprio colega de Patrícia que estava com ela na delegacia a desmentiu, disse que ela nunca esteve em cárcere privado – eu sequer estava em São Paulo quando ela gravou o primeiro vídeo – e o delegado afirmou que vai abrir um inquérito contra ela por apresentar falsa acusação”, afirmou Bauer no telefone, nesta tarde, à Revista AzMina. “Ela disse que a ameacei de morte com revolver na cara, mas quem faz um vídeo com aquela espontaneidade não está sendo ameaçada de morte!”
Ligamos à delegacia mas os policiais de plantão não souberem responder se, de fato, uma investigação foi aberta contra Patrícia. Fomos orientadas a ligar novamente na segunda-feira.
Em breve entrevista à Revista AzMina por Telegram, na manhã deste domingo, Patrícia afirmou que ela é quem está sendo vítima de campanha de difamação e as conversas divulgas por sites cristãos neste final de semana são falsas. Na nova leva de prints, Patrícia apareceria tentando seduzir Feliciano com fotos sensuais e o teria ameaçado após ter sido rejeitada.
“Já provamos que é mentira e notificamos. Agora vamos abrir processo”, escreveu. “Apenas uma foto não é minha, aquela que mostra um peito e, inclusive, aparece com a pinta no lado errado. As demais são fotos que tirei e postei no Instagram há muito tempo atrás.”
As evidências de fraude que Patrícia apresenta, além do dado da marca na pele, são falhas de continuidade nos horários em que a conversa teria se passado.
Nem mesmo Bauer confirma que as imagens são verdadeiras. “Eu não sei nada sobre essas conversas”, disse.
Nesta semana, a jovem brasiliense de 22 anos acusou o pastor e deputado Marcos Feliciano de tentativa de estupro, desmentiu-se em vídeos e, depois, alegou ter sido coagida a filmá-los por homens fortes do PSC. Segundo a jovem, o pastor a teria convidado para ir à sua casa, proposto que ela se tornasse sua amante e, ao receber a negativa, tentado estuprá-la com uso de força física. A moça só teria conseguido se livrar do ataque porque uma vizinha ouviu seus gritos e bateu à porta.
Como provas do ocorrido, a moça apresentou a um repórter do UOL prints de conversas que teria tido com o deputado pelo aplicativo Telegram, além do que seria o áudio de um bate papo com um assessor do deputado, Talma Bauer, em que ele teria tentado convencê-la a “botar uma pedra sobre o caso”. Você pode ouvir a conversa na íntegra abaixo:
“Na casa dele (…) ele não me deixou sair e me fez fazer coisas à força (…) Por estudar Direito eu sei que a gente tem que ter provas para incriminar alguém. E isso eu tenho”, afirma a voz atribuída a ela, entre outras coisas.
Ao que o assessor teria respondido: “Às vezes, pelo fato… você tem uma beleza diferente, você é bonita…”