1. Jout Jout Prazer, “Vamos fazer um escândalo”
Jout Jout estourou em 2015 com “Não tira o batom vermelho”, sobre relacionamentos abusivos. Mas o vídeo que nos deixou com a garganta amarrada foi mesmo este, em que ela lê alguns relatos da hashtag #meuprimeiroassédio e conclama as vítimas de abuso a abandonar o silêncio. Nos representou, Jout!
2. Escritora Fatou Diome falando sobre imigração
No programa de televisão francês “Ce Soir ou Jamais”, a escritora senegalesa Fatou Diome sambou de salto 15 na cara de um convidado que se posicionou contra a imigração na França. Lacrou tanto que deixou o cara até sem graça.
A bolha começou a estourar
Posted by Paulo Sérgio on Saturday, September 5, 2015
3. “Meu corpo, minhas regras”, vídeo promocional do filme “O Elmo e a Gaivota”
“O que é ser uma mulher?”. Em apenas dois minutos e 38 segundos, Petra Costa conseguiu resumir de forma emocionante as restrições, preconceitos e discriminações sofridas pelas mulheres. Infelizmente, como toca na questão da legalização do aborto, o vídeo foi alvo de ataques nas redes sociais. Os atores do filme receberam uma avalanche de comentários agressivos em seus perfis e houve também uma campanha para avaliar o vídeo negativamente no YouTube.
4. Jean Wyllys responde ao deputado João Rodrigues
O deputado João Rodrigues disse ao colega Jean Wyllys, o primeiro político assumidamente gay e militante da causa LGBT a ocupar a Câmara, que ele “não tinha moral” para representar o povo brasileiro e o desmereceu por ter participado do programa de TV Big Brother Brasil, o qual classificou de “indecente”. Mas, meses antes, Rodrigues foi pego pelos colegas assistindo a um filme pornô no laptop durante a sessão plenária! Jean não deixou barato e fez um discurso inflamado questionando o conceito de “moral” do colega. Atente para a cara do Eduardo Cunha no final do vídeo.
Jean Wyllys responde a ataques do dep. João Rodrigues (PSD-SC)NOVÍSSIMA CRÔNICA DO ABSURDO (ABSURDO MESMO!)Há pouco, no plenário da Câmara, a Deputada Federal Jô Moraes me chamou para mostrar o boletim da Comissão de Relações Exteriores, da qual fazemos parte. Estávamos alí, analisando a publicação, quando o deputado João Rodrigues (PSD-SC) chegou bem próximo de mim e me abordou [pra quem ainda não sabe quem ele é, eu informo que é aquele cujas falas em favor da morte de “bandidos”, chamando-a de “faxina”, eu critiquei em postagens anteriores; e também aquele que foi flagrado, em plena sessão, assistindo a um filme pornô]. O breve “diálogo” que se seguiu foi mais ou menos o seguinte:João Rodrigues: Você me conhece? Você sabe quem eu sou?Eu: Nunca lhe cumprimentei nem me apresentei pessoalmente, mas, sim, sei quem você é.João Rodrigues: Então, você tome cuidado com o que você fala a meu respeito. Você postou, colocando a minha foto, que “bandido bom é bandido de gravata e com gabinete”. Você não me conhece…[Ele achava que eu me intimidaria. Perdeu o chão quando olhei em seus olhos e reiterei tudo que eu escrevi sobre sua fala de tons fascistas e acrescentei:]Eu: …E, por fim, alguém precisava relativizar sua fala; afinal, você foi denunciado pelo Ministério Público por aquilo que o órgão considera crime.João Rodrigues: Mas, o processo contra mim que você citou foi arquivado…Eu: Ora, se o processo contra você foi arquivado, é porque você teve amplo direito a defesa. Então, os outros que você chama de “bandidos” também devem ter direito a defesa, em vez de serem mortos sem a chance de se defender, não?João Rodrigues: Bandido safado, nojento, merece morrer mesmo.Eu: Ah, é? Então por que você não sobe à tribuna e diz isso em relação ao Eduardo Cunha? Afinal, pra Procuradoria Geral da República, ele cometeu os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão ilegal de divisas, logo, é um bandido…João Rodrigues: Mas ele só está denunciado…Eu: Mas por qual julgamento passaram os “bandidos” ao quais você se refere para já sentenciá-los à pena de morte? Vamos, se bandido bom não é bandido com gravata, então por que você não sobe à tribuna e diz, em relação a Cunha, o que você disse sobre os bandidos pobres?João Rodrigues: E por que você defende Lula?Eu: Em primeiro lugar, eu não defendo Lula. Ele não precisa de minha defesa. Em segundo, ainda não há nenhuma denúncia formal contra Lula. Em terceiro, quem está negando o direito à defesa e defendendo pena de morte no vácuo da legalidade é você; não eu!João Rodrigues [chegando bem mais perto de mim, de modo que eu quase sentia sua respiração e seu perfume]: Eu defendo a pena de morte mesmo! Você fica aí, defendendo essa raça… Você não sabe com quem você foi comprar briga! [referindo-se a si mesmo]Eu [olhando no olho dele e para baixo, já que ele é bem menor que eu]: “Essa raça” é também parte do povo brasileiro e está sob o mesmo estado de direito… Quem é você para decidir quem vive ou morre? Deus? E se você está me ameaçando, devo lhe dizer que não temo sua ameaça. [aproximando-me bem dele e olhando diretamente em seus olhos] Os tempos mudaram, meu caro. Os “coronéis” já não podem mais intimidar as pessoas ou ameaça-las impunemente.João Rodrigues [se esforçando para ser irônico]: Não, eu não estou lhe ameaçando. Eu não ajo desse forma. Eu não cheguei aqui pelo BBB, aquela putaria, eu tenho muitos mandatos.Eu: Bom, eu estou em meu segundo mandato e fui eleito com quase 145 mil votos, mas se você quer crer que foi o BBB que me trouxe aqui, fique à vontade… Ao menos não cheguei pela força da grana.João Rodrigues: Bom, agora você já me conhece. Já sabe quem eu sou. E já está avisado de que mexeu com a pessoa errada.Eu: Prazer. Agora você já sabe que eu não temo o que me parece uma ameaça.Despedimo-nos. Ele seguiu. Eu permaneci ali para concluir minha conversa com Jô Morais. O clima estava tão tenso entre os que conseguiam nos ouvir que dava para cortar o ar com uma faca [toda a conversa se deu como numa cena de um thriller político]E, aí, amados e amadas, vocês acham que eu devo temer algo mais que as já manjadas difamações, injúrias e calúnias feitas na internet?__*Durante a produção do texto acima, em que contava a vocês a cena surreal em que fui abordado pelo deputado João Rodrigues, ele subiu à Tribuna da Câmara para novamente me atacar e intimidar. Não intimidou!!!! Sou acostumado a falar o que penso, porque a verdade é libertadora. A resposta que dei a ele está no vídeo.
Posted by Jean Wyllys on Wednesday, October 28, 2015
5. Indianara Siqueira falando ao Canal das Bee sobre mamilo livre e prostituição
A militante trans Indianara Siqueira foi indiciada por “atentado ao pudor” por tirar a blusa durante uma manifestação. Mas, em seus documentos, ela mantém o nome masculino. Legalmente, portanto, é considerada homem — e você já viu algum homem ser preso por andar sem camisa? Portanto, o caso dela deixa a Justiça numa sinuca de bico: ou terá de reconhecê-la como mulher mesmo sem mudar os documentos, estabelecendo a predominância do nome social; ou terá de reconhecer que, ao contrário do que diz a Constituição Federal, homens e mulheres não são iguais perante a lei. Afinal, ao transicionar para um corpo feminino, ela perdeu o direito de andar pela rua sem camisa.
6. Deputada Margarida Salomão discursando sobre o ensino de estudos de gênero nas escolas
Na Comissão de Educação da Câmara, Margarida Salomão fez uma bela defesa da inclusão dos estudos de gênero na educação básica. Ao final do vídeo, ganha um oclinho de “thug life” mais que merecido!
7. Clarice Falcão, “Survivor”
Clarice Falcão fez um cover da música “Survivor”, do Destiny’s Child, um clássico dos anos 90. Para o clipe, convidou dezenas de mulheres para fazer o que quisessem com um batom vermelho. O resultado é este vídeo cheio de emoção e empoderamento. E, de quebra, toda a renda obtida com a venda da canção será revertida à ONG Think Olga.
8. Lady Gaga mostra como responder um entrevistador machista
“Você não tem medo que as referências sexuais façam com que o público foque só nisso e se esqueça da sua música?”, pergunta o jornalista. Gaga dá uma resposta à altura.
Gaga, Lady destruidora!
Posted by Lady Gaga Brasil on Thursday, October 22, 2015
9. O depoimento sobre racismo de Joy Angela DeGruy
Como os brancos podem usar seu privilégio para lutar contra o racismo? Neste vídeo, Angela DeGruy dá um bom exemplo, contando sobre o dia em que foi humilhada numa loja.
Sobre privilégio branco (traduzido por Nina Mariano)
Posted by Empodere Duas Mulheres on Friday, December 11, 2015
10. A entrevista de Maria para o documentário “Human”
Tem como assistir e não querer dar um abraço bem apertado na Maria? Um vídeo que prova de uma vez por todas que pobreza e analfabetismo não são sinônimos de falta de sabedoria.
11 – A entrevista da consulesa da França a Jô Soares
Alexandra Loras deu um show ao falar sobre o racismo brasileiro – e tudo isso com um sotaque delicioso de se ouvir. Ela foi ao programa do Jô vestida de branco “de propósito”, pois as pessoas no Brasil vivem achando que ela é a babá de seu filho branco. Alexandra, seja nossa amiga! Por favor, nunca te pedimos nada.
12 – O nosso videozinho caseiro do crowdfunding!
Desculpem, mas nós ficamos sim emocionadas ao rever o vídeo que fizemos para o nosso crowdfunding, com nossas carinhas cheias de vontade de tornar essa revista realidade. Graças a vocês, agora ela existe! 2015 vai ficar sempre marcado pra gente como o ano em que AzMina nasceu. Obrigada!