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revitimização?

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Revitimização ou vitimização secundária é quando uma vítima é forçada a reviver o trauma da violência que ela sofreu.

Por exemplo: a mulher que vai denunciar e é tratada de forma humilhante.

“Ela não tem os princípios que nós conservamos” Peço a Deus para que o meu filho não encontre uma mulher como você

Ou quando em um julgamento são ditas coisas assim:

Pode parecer absurdo -  e é - mas essas coisas foram ditas para mulheres, vítimas de violência, durante julgamentos que discutiam a punição do abusador.

Tratam a denúncia com descaso e insinuam que ela tem culpa pela violência.

Essa foto foi extraída de um site, onde a única foto chupando o dedinho e com posições ginecológicas é a dela.”

E quando essa vítima tem que contar várias vezes o que aconteceu:

Isso também é revitimização.

– pro policial, – pro perito, – pro promotor de justiça – pro juiz – pros advogados…

O Código Penal só passou a incluir artigos que proíbem a revitimização, depois do caso Mariana Ferrer, que precisou implorar por respeito, enquanto buscava justiça, após sofrer um estupro.

Fotos de Mariana Ferrer foram usadas para questionar a denúncia e a reputação dela. O caso ganhou repercussão nacional e trouxe o debate sobre a violência causada pela justiça.

A revitimização institucional também acontece quando usam um aspecto pessoal da vida da vítima para justificar o que aconteceu: A senhora ganha R$ 1.300 e quis ter dois filhos?

Aliás, essa necessidade de “ver” e ter “provas visuais”, para fazer valer a denúncia, só mostra que, quando falamos de violência contra a mulher, a nossa palavra é sempre colocada em questão.

Não é à toa que muitas mulheres nem chegam a fazer denúncia: por medo da revitimização. Elas devem ter direito à justiça. Mas também precisam ter a chance de deixarem a violência sofrida no passado.