Spoiler: o processo não se resume a tomar hormônio
Por definição, a pessoa trans é aquela que não se identifica com o gênero que foi defininido, a partir do sexo biológico.
Mas isso não quer dizer que a transição só aconteça com mudanças no corpo.
A verdade é que esse é um processo que pode ser diferente para cada pessoa.
Para algumas pode começar na mudança de nome. Para outras, de roupa. E, sim, para outras, no corpo.
A Flora, a Patrícia,a Ariel e o Liel, que são pessoas trans, passaram por esse processo e contaram pr’AzMina como foi a transição de gênero na experiência de cada um.
“Durante a minha infância, eu não sabia que as pessoas trans existiam, foi uma descoberta.”
Primeiro ele entendeu que não se identificar com o sexo biológico era uma possibilidade:
Primeiro ele entendeu que não se identificar com o sexo biológico era uma possibilidade:
Liel
“Eu sempre discordei dessa imposição de gênero, mas eu só tive clareza de que eu era uma pessoa trans quando adulta"
Foi aí que ela compreendeu as possibilidades fora do corpo cis.
Foi aí que ela compreendeu as possibilidades fora do corpo cis.
Flora
Ter pessoas trans em todos os espaços, ajuda a ampliara nossa narrativa de pluralidadee mundo.
As referências são importantes, porque elas nos ajudam a ler o mundo e a nós mesmos.
Então, vamos lá:
O processo de transição não começa sempre na hormonização.
“Primeiro eu mudei de pronome, depois testei outro nome. E aí comecei a hormonização nesse processo de teste também”
Só em 2018, a transexualidade deixou de ser considerada doença pela Organização Mundial de Saúde. E isso mostra que a gente tem muito chão pela frente.
“A transexualidade foi muito um processo de me acolher, sabe? E ter adiado por tanto tempo essa generosidade me faz pensar o quanto eu estava me violentando”