que mães por adoção tardia gostariam que você soubesse

e que você nem desconfia

5 coisas

Quando alguém diz que uma mulher virou mãe, a gente normalmente pensa em noites em claro,  fraldas e um cheirinho gostoso de neném. Mas a real é que a maternidade nem sempre começa com um bebê.

Cris,  Helen, Raquel e Ciça embarcaram na maternidade pela adoção tardia. Isso quer dizer que elas adotaram os seus filhos e filhas quando eles já sabiam andar, falar e comer sozinhos.

Juntas, elas listaram pr’AzMina cinco coisas que as mães por adoção tardia gostariam que você soubesse. E que valeriam um outdoor em todas as cidades!

“Vem um susto das pessoas porque elas acham que você ficou louca. Depois te chamam de santa.” Cris Guterres, mãe do Rafael, 14 anos.

Mãe adotiva não é nem louca, nem santa

1

“A adoção do Rafael foi uma das escolhas mais egoístas que eu fiz. Eu defini a idade que eu queria que meu filho tivesse. Sou maravilhosa, porque sou uma puta profissional, não porque eu adotei”

“Mas por quê? Vocês não podem gestar? Quem tem problema? Você ou você? Helen, mãe do Alex, 6 anos, Vitória, 4 anos e Aline, 5 anos

Acredite: a adoção tardia pode ser a primeira opção

2

“Cada etapa era como se a gente tivesse indo no ultrassom. Adotar era o nosso sonho, eram os nossos filhos. E era um pouco difícil no início porque essas alegrias, não eram vistas como alegrias”

“Tem o preconceito na adoção tardia de falar, ‘ah, mas a criança já vem cheia de mania, não sei o quê’.” Cecília, mãe da Pamela, 16 anos.

Ser mãe é se relacionar com uma pessoa, não moldar uma pessoa

3

“Toda vez que você entra num relacionamento, a pessoa tá trazendo uma bagagem e  você tá levando a sua, por que que na parentalidade isso não pode existir? Por que que a criança tem que vir zerada?”

A vinculação entre mãe e filho leva tempo e é desafiadora. Uma dor pouco compreendida pelas pessoas de forma geral.

Mães por adoção tardia, também tem puerpério. Seja gentil.

4

“As pessoas te lembram o tempo todo que você escolheu adotar e é verdade. Mas não é porque eu decidi isso e porque eu sei disso que dói menos” Raquel, filhos com 9 e 13 anos

“A sociedade enxerga a adoção tardia com viés da caridade tão grande que acha que a criança que a gente adota é um trombadinha.” Cecília, mãe da Pamela, 16 anos.

Adoção não é caridade

5

“Mas você já pensou que esse menino agora ele vai passar a ter direito a tudo que você tem? Ué, mas filho não tem direito a tudo que eu tenho?” Cris Guterres, mãe do Rafael, 14 anos.

As falas dessas mulheres deveriam ir para um outdoor, não é? Já que não dá, vamos ajudar a espalhar essas lições por aí?  Celebre cada maternidade e cada mulher sem julgar as outras.