O futuro do feminismo com a Gen Z

Jovens dos anos 2000 aprendem sobre direitos na internet e com a cultura pop, e se engajam desde cedo

Elas estão cada vez mais conectadas, por dentro das ‘trends’ e com a coreô em dia. Prontas para postar aquela dança ou dublar o vídeo do momento, mas também para criticar e expor qualquer machismo!

As meninas da geração Z nasceram no meio virtual e têm a informação na palma das mãos. O futuro do feminismo depende delas. Mas, afinal, o que elas pensam sobre esse movimento?

AzMina elaborou um questionário, com perguntas sobre feminismo, e recebeu  283 respostas de jovens nascidas entre 2002 (20 anos) e 2010 (12 anos) – período que contempla a chamada “gen Z”.

“Vocês pensaram que eu não ia rebolar minha bunda hoje?”. Para a geração Z, a frase da cantora Anitta fala da liberdade que as mulheres devem ter.

UM POUCO DE FUNK, UM POUCO DE POLÍTICA

“Ela faz com que outras mulheres se sintam fortes, poderosas, resistentes e autênticas”

Kathleen Domingos, 17 anos, moradora de Leme, em São Paulo.

Mas o que a cantora Anitta e a filósofa e ativista americana Angela Davis teriam em comum? Ambas são referências feministas da geração Z. Sim!

Enquanto as mais novas enxergam na cantora pop um exemplo de superação e independência feminina, as jovens acima de 15 anos vêem na filósofa um exemplo de luta no movimento.

As obras de Angela Davis levaram Tarsila Rodrigues, 18 anos, de Recife (PE), ao feminismo interseccional.  “Eu li Mulheres, raça e classe, e entendi muito sobre o feminismo negro.”

Que massa que essa geração vai ter mais conhecimento para se engajar e proteger em diferentes situações em que o machismo se manifesta.

“Elas vão conseguir acionar uma rede de suporte e direitos que muitas de nós em outras gerações não sabíamos que existiam”, afirmou a antropóloga Isabela Venturosa.