
Mais uma vez uma jornalista mulher foi vítima de ataques verbais do presidente Jair Bolsonaro. Esta semana foi a Laurene Santos, da TV Vanguarda, o alvo da violência do presidente. O vídeo do “chilique” do presidente agora se soma a uma já grande lista de imagens de ataques machistas de Bolsonaro à imprensa.
Só em 2020, ele sozinho foi responsável por 41% dos ataques à imprensa no país, segundo relatório da Federação Nacional dos Jornalistas. E isso não é um problema pequeno, afinal, a imprensa é parte essencial do funcionamento de uma democracia. Os ataques em geral às mulheres também subiram. Foram de 21,7% dos casos em 2019, para 28,5% dos casos em 2020.
São ataques onde a questão de gênero aparece muito forte. Mulheres jornalistas são atacadas não pelo seu trabalho ou carreira, mas sim pela aparência, temperamento, questões sexuais e morais. Inclusive, algo que também acontece com mulheres candidatas, como mostramos ano passado.
No vídeo, a gente explica melhor como a misoginia do presidente com jornalistas está também ligada a muitos dos outros problemas que enfrentamos agora.
Porque os ataques misóginos do presidente contra jornalistas não são algo isolado ou um detalhe em um mar de absurdos. Eles são uma parte importante de uma forma de governar que diz que as mulheres devem ficar em casa, que a imprensa deve ficar quieta e que o povo deve ficar ignorante.