No livro “O feminismo é para todos”, a escritora e pensadora norte-americana, Bell Hooks diz que tanto mulheres quanto crianças são atingidas pelo mesmo tipo de opressão: a violência patriarcal. Ela define esse tipo de violência como a crença de que é aceitável que um indivíduo mais poderoso controle outros por meio da força. A violência doméstica é um dos exemplos de como isso acontece.
Milhares de feministas ao longo da história questionaram esse sistema, que coloca mulheres abaixo dos homens, e, graças a essa luta, se garantiu alguns direitos. Mas, ao contrário dos adultos, as crianças não conseguem se organizar e se opor à violência patriarcal. Então, é papel do feminismo fazer isso por elas também.
No vídeo dessa semana, no canal do Youtube d’AzMina, você pode relembrar quatro momentos em que a luta das mulheres atuou na defesa de direitos e proteção para crianças e adolescentes. São fatos históricos e emblemáticos, que envolvem educação sexual, casamento infantil, implementação de creches e o combate ao genocídio de crianças e jovens pretos. Nesse último, temos o caso das “Mães do Acari”, que travaram uma luta pioneira contra o Estado.
Depois de terem os filhos adolescentes sequestrados, em 1990, e assistirem a uma investigação demorada e inconclusiva, as mulheres de Acari, bairro do Rio de Janeiro, iniciaram uma busca por conta própria, conseguindo visibilidade nacional e internacional para o genocídio no Estado. O método que elas criaram para cobrar por justiça é usado por familiares de desaparecidos e mortos até hoje.
Dever de todos
O Estatuto da Criança e do Adolescente diz que é dever do Estado, da família e da sociedade proteger as crianças e os adolescentes. Mas a verdade é que por conta da violência, muitas vezes praticada pelos próprios poderes públicos, eles só conseguem contar com mulheres e o feminismo para reivindicar e garantir essa segurança.
No vídeo lá no Youtube, você também descobre mais sobre os três outros momentos históricos que citamos, em que o feminismo foi fundamental para a luta por direitos de crianças e adolescentes.
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Roteirista
Jornalista formada em 2010 com passagens pela TV Bandeirantes, Record TV, RedeTv e Estadão – onde ganhou prêmio de melhor produtora de hard news e assinou reportagens importantes, como a venda de diplomas universitários. No programa Superpoderosas da Band foi repórter e coapresentadora. Atualmente trabalha como roteirista na Revista AzMina. É também autora do livro “Tua Vida em Mim” e do podcast de autoconhecimento “Para dar nome às Coisas”, exclusivo do Spotify e integrante do Spotify Academy Podcast, atualmente entre os vinte mais escutados no Brasil. É dela, também, o projeto online “Me dá uma notícia boa?”, que teve repercussão nacional abordando o luto de forma leve e em primeira pessoa. Faz pós-graduação em Filosofia e Autoconhecimento na PUC- RS. Foi speaker no Tedx em 2022.
São Paulo SP
