A tese do marco temporal entrou na pauta do Supremo Tribunal Federal e jogou mais luz à batalha da população indígena pelo reconhecimento de suas terras. Há mais de 300 demarcações aguardando essa deliberação, que irá impactar futuramente outros territórios indígenas.
Mais de 6 mil indígenas, de mais de 170 etnias, foram à Brasília para pressionar os ministros do STF. E as lideranças femininas estão na linha de frente dessas manifestações, pois sabem que sofrerão mais com a perda de seus territórios. Isso porque a terra para as indígenas é mais do que um espaço físico, ela compreende toda a existência dessas mulheres e a de seus filhos.
Só que a demanda pela terra é apenas uma das reivindicações dessas mulheres. Há muitas outras, como as denúncias contra violência doméstica, a preservação da cultura e dos costumes ancestrais e a questão climática. Demandas, que muitas vezes, não encontram respaldo nas próprias aldeias.
No vídeo desta semana do programa “Mas vocês vêem gênero em tudo?”, no YouTube da AzMina, explicamos como a vida da mulher indígena é atravessada por todos esses pontos e o quanto a sociedade brasileira ainda não está atenta às demandas específicas dessa população. Assista!